Doenças periodontais e Alzheimer
Doenças periodontais estão diretamente associadas a uma higiene bucal inexistente ou ineficiente. Esse tipo de doença caracteriza-se pelas inflamações que acontecem nas gengivas e afetam a estrutura dos dentes.
Os processos constantes de inflamação podem aumentar indiretamente o risco de doença de Alzheimer. Por outro lado, pacientes com doença de Alzheimer apresentam dificuldade em manter uma higiene bucal adequada ou visitar um dentista.
O que são doenças periodontais
As doenças periodontais são causadas por microrganismos presentes na placa bacteriana e afetam tecidos de suporte e sustentação dos dentes. Com efeito, elas constituem a principal causa de perda dental.
A gengivite e a periodontite são as principais formas de doença periodontal. A gengivite, inflamação das gengivas, pode evoluir para uma periodontite, causando perda da gengiva e do osso alveolar.
A idade é um dos fatores de risco para as doenças periodontais. De fato, pacientes mais velhos necessitam de avaliação para doenças e inflamações crônicas. Entretanto, há outros fatores de risco, como tabagismo, diabetes, obesidade, higiene bucal inadequada e histórico de doença periodontal.
Saúde bucal e saúde sistêmica
Atualmente, a ciência tem buscado compreender a relação entre a saúde bucal e a saúde sistêmica. Por exemplo, uma inflamação crônica em determinada parte da boca pode causar doenças em outras partes.
Portanto, as inflamações na gengiva, provocadas por gengivite e periodontite, podem trazer riscos de outras complicações para o paciente. As enzimas e os mediadores inflamatórios não apenas agem na cavidade bucal, como também podem chegar à corrente sanguínea.
Dessa forma, podem provocar quadros infecciosos e inflamatórios em outras regiões. Ou seja, as bactérias presentes nas inflamações da boca podem alcançar outras partes do corpo, inclusive o cérebro. Em seguida, provocam respostas inflamatórias, capazes de levar à destruição de neurônios.
Doenças periodontais e Alzheimer
O Alzheimer é uma doença degenerativa e a mais frequente forma de demência, em pessoas acima de 65 anos. Provoca o declínio das funções intelectuais, como orientação no tempo e no espaço, aprendizado, linguagem e comunicação.
A patologia começa com a perda de memória recente e afeta, por fim, até a capacidade de realizar tarefas cotidianas. É, assim, uma doença progressiva, que interfere no comportamento e reduz a capacidade de trabalho e as relações sociais. Além disso, é irreversível e não tem cura, contando apenas com tratamentos que minimizam os sintomas.
As inflamações na gengiva, devidas às doenças periodontais, podem enviar toxinas ao cérebro, intensificando, assim, o desenvolvimento da doença. O sistema imunológico responde ao ataque das bactérias matando, por consequência, células cerebrais e ocasionando alterações na região.
Prevenção das doenças periodontais
A relação entre os problemas de saúde oral com outras doenças ressalta a vital importância da higienização bucal. Afinal, várias enfermidades podem ser causadas ou intensificadas por problemas que começaram devido a uma má higiene bucal.
Mesmo baseadas ainda em estudos, essas evidências deixam bastante clara a necessidade de manutenção de uma boa saúde bucal. Especialmente em pessoas na faixa de 65 a 74 anos, grupo mais afetado pelo Mal de Alzheimer.
É fundamental manter uma rotina diária de higienização da boca, com, no mínimo, 3 escovações e uso do fio dental. Além disso, as visitas periódicas ao dentista ajudam a identificar as inflamações e problemas bucais e, ainda, complementam a limpeza.
Cuidados com o corpo na prevenção de doenças
Finalmente, alimentação, atividade física e exercícios para o cérebro auxiliam na manutenção da memória e da saúde oral e sistêmica. É muito importante, também, cuidar da higienização bucal de membros da família que perderam parte ou toda a capacidade motora.
Cuide-se e previna-se contra doenças que fragilizam e incapacitam!
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