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Covid-19: dentistas continuam no fogo cruzado

 

Desde o início da pandemia, o risco passou a ser companheiro de trabalho para os profissionais da saúde. Mesmo no retorno gradativo das atividades cotidianas, os dentistas continuam sendo a classe que mais sofre em dois sentidos. Se, por um lado, os atendimentos diminuíram, por outro, dentistas são os profissionais mais expostos à contaminação.

Esse dado é do estudo Risco de Contágio por Ocupação no Brasil, desenvolvido pela LabFuturo, em conjunto com a LABORe. De acordo com os resultados mostrados em 2020, o risco dos dentistas alcança a pontuação 98%. Esse alto índice ocorre em função do grau de contato durantes as atividades e à proximidade com os pacientes.

Dentistas expostos à contaminação

O risco vinculado à atividade profissional obrigou diversos dentistas e técnicos em saúde bucal a se afastarem do trabalho.  A fim de continuarem atendendo, muitos outros reforçaram ainda mais as medidas de biopreparação, biossegurança e equipamentos de segurança individual.

A propagação do coronavírus se dá através da boca, que é o local do paciente que recebe o tratamento. Assim, durante o uso das canetas de alta rotação, por exemplo, gotículas de aerossóis dos pacientes se espalham pelo ar.

Por esse motivo, o risco de contaminação se mantém também no consultório. Isso significa que, mesmo após os procedimentos, é preciso ter um cuidado especial com a limpeza e a higienização do local.

Dentistas sem pacientes e pacientes sem tratamento

Na contramão dessa preocupação, há outra igualmente importante, com as consequências da pandemia na saúde bucal dos pacientes. Com efeito, mais de um ano depois das primeiras medidas de isolamento, cáries e doenças gengivais ficaram bem mais frequentes.

Com o fique em casa, muitas pessoas foram perdendo o hábito de escovar os dentes regularmente. Além disso, os pequenos lanches viraram rotina entre as refeições. Esses novos costumes, somados ao medo de voltar a frequentar o consultório do dentista, estão trazendo consequências desastrosas.

Apesar do retorno das atividades e da chegada das vacinas, muitas pessoas ainda vão ao dentista somente quando sentem dores. Os casos de cárie dentária avançada e complicações relacionadas aumentaram na população, e

os tratamentos ficaram mais complexos.

Crianças, adolescentes e pacientes de alto risco

Pacientes de alto risco que deveriam fazer check-up odontológico a cada três ou seis meses deixaram de fazer. Com isso, pequenos problemas, que poderiam ser resolvidos facilmente, aumentaram de proporção.

Por outro lado, as restrições aos deslocamentos e o fechamento das escolas colocaram crianças e adolescentes em casa 24 horas. Como resultado, os jovens tiveram um número crescente de cáries dentárias.

Tanto os pais quanto seus filhos viram suas rotinas mudarem, perdendo a rigidez de horário e, logo, também seus hábitos. Certamente, essas mudanças no cotidiano afetaram os hábitos de higiene bucal dos pais e, consequentemente, das crianças e adolescentes.

Sem dentistas e sem higiene bucal adequada

Contudo, os bons hábitos de higiene bucal, como escovação e uso de fio dental regularmente, precisam ser mantidos. É comprovado que uma má higiene é a principal causa de doenças bucais e do desenvolvimento de complicações na gengiva.

Ainda, a doença periodontal aumenta o risco de maior gravidade da Covid-19 em indivíduos com doenças preexistentes, como a diabetes. Ao contrário, uma boa higienização previne infecções respiratórias, a exemplo da pneumonia em idosos.

Portanto, o alerta é para os adultos e, especialmente, os pais: pratiquem uma boa rotina de higiene bucal. Além de cuidar de sua própria saúde, sejam exemplos para suas crianças e jovens.

O novo normal nos consultórios

Por fim, é chegada a hora de todos retomarem as visitas periódicas ao consultório odontológico. O mundo mudou, os comportamentos mudaram, de tal sorte que os procedimentos de prevenção e segurança serão permanentes.

Nossos dentistas credenciados seguem rigorosamente as regras e protocolos de biossegurança. Para nós, da Uniodonto Minas, a saúde dos pacientes e dos profissionais é prioridade.

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